Insónia


Meia noite e eu sem dormir
Fico olhando o teto da minha sala
Esperando noticias que sejam
Conclusão se o doido sou eu
Ou quem anda lá fora, noite serrada, 
A fugir ao medo.
Tenho a luz apagada
Ouço barulhos de intrusão 
Pego na faca e aperto o cabo
-eles que venham!
O corpo retesado, pronto a saltar
Coração aos saltos
Meço a temperatura, o pulsar
E num golpe apanho o invasor
Pelas costas, à traição.
Bebo um copo de água 
Para me acalmar. 

Estamos no intervalo

Toda a casa estremece
É anunciada a continuação,
Que excelente série para ver
Na televisão!

Já passa da meia-noite
E nem sinais do fantasma
Agora vou dormir 
Que amanhã a vida muda
De sentido, de semelhança
E o pesadelo será apenas
Lembrança!


Carlos Arinto

Comentários

Enviar um comentário

Mensagens populares